quinta-feira, 26 de abril de 2007

A flora do Cerrado Brasileiro




Mesmo que não totalmente conhecida, a flora do Cerrado é riquíssima. Sua cobertura vegetal é a segunda maior do Brasil, abrangendo uma área de 20% do território nacional. Apresenta as mais diversas formas de vegetação, desde campos sem árvores, ou arbustos, até o cerrado lenhoso denso com matas ciliares. Reconhecido como a savana mais rica do mundo em biodiversidade com a presença de diversos ecossistemas, riquíssima flora com mais de 10.000 espécies de plantas, sendo 4.000 endêmicas desse bioma. Os campos cobrem a maior parte do território, denominada campestre. É essencialmente coberto por gramíneas, com árvores e arbustos. É subdividido em campo de cerrado e campo limpo, que se diferenciam na formação do terreno e na composição do solo, com declives ou plano. A vegetação dos brejos é composta por gramíneas, ciperáceas, arbustos, pequenas árvores isoladas, algumas ervas, entre outras espécies. As árvores mais altas do Cerrado chegam a 15 metros de altura e formam estruturas irregulares. Apenas nas matas ciliares as árvores ultrapassam 25 metros e possuem normalmente folhas pequenas. Nos chapadões arenosos e nos quentes campos rupestres estão os mais exuberantes e exóticos cactos, bromeliáceas e orquídeas, contando com centenas de espécies endêmicas. E ainda existem espécies desconhecidas, que devido à ação do homem podem ser destruídas antes mesmo de serem catalogadas.





domingo, 22 de abril de 2007

A fauna do Cerrado Brasileiro

A fauna do Bioma do Cerrado é pouco conhecida, particularmente a dos Invertebrados. Seguramente ela é muito rica, destacando-se naturalmente o grupo dos Insetos. Quanto aos Vertebrados, o que se conhece são, em geral, listas das espécies mais freqüentemente encontradas em áreas de Cerrado, pouco se sabendo da História Natural desses animais, do tamanho de suas populações, de sua dinâmica etc. Só muito recentemente estão surgindo alguns trabalhos científicos, dissertações e teses sobre estes assuntos.

Entre os Vertebrados de maior porte encontrados em áreas de Cerrado, citamos a jibóia, a cascavel, várias espécies de jararaca, o lagarto teiú, a ema, a seriema, a curicaca, o urubu comum, o urubu caçador, o urubu-rei, araras, tucanos, papagaios, gaviões, o tatu-peba, o tatu-galinha, o tatu-canastra, o tatu-de-rabo-mole, o tamanduá-bandeira e o tamanduá-mirim, o veado campeiro, o cateto, a anta, o cachorro-do-mato, o cachorro-vinagre, o lobo-guará, a jaritataca, o gato mourisco, e muito raramente a onça-parda e a onça-pintada.

Das aves, a fauna do Cerrado caracteriza-se, em geral, pelos seus hábitos noturnos e fosso riais ou subterrâneos, tidos como formas de escapar aos rigores do tempo reinantes durante as horas do dia. Todavia, há autores que não concordam que isto seja uma característica da fauna do cerrado. Embora consideradas ausentes, espécies umbrófilas talvez ocorram no interior de cerradões mais densos, onde predomina a sombra e certamente sob o estrato herbáceo-subarbustivo. Segundo diversos zoólogos, parece não haver uma fauna de Vertebrados endêmica, restrita ao Bioma do Cerrado. De um modo geral estas espécies ocorrem também em outros tipos de Biomas. Todavia, entre pequenos roedores e pássaros existem diversos endemismos, a nível de espécies pelo menos.

Entre os Invertebrados, pesquisas futuras mostrarão seguramente muitas espécies endêmicas. Neste grupo da fauna merece especial destaque o Phylum Arthropoda e entre estes a Classe Insecta. Os cupins, insetos da Ordem Isoptera, Família Termitidae, são de grande importância seja pela sua riqueza em gêneros e espécies, seja pelo seu papel no fluxo de energia do ecossistema, como herbívoros vorazes que são e servindo de alimento para grande número de predadores (tamanduá, tatu, cobra-de-duas-cabeças, lagartos, etc.)Dos insetos, onde se destacam a família das formigas, como as saúvas e abelhas, esta última pelo seu importante papel na polinização das flores. Os gafanhotos também apresentam grande riqueza de espécies e significativa importância como herbívoros.



Destruição do Cerrado Brasileiro:

Dois terços da área do cerrado já estão afetados, mas ainda é possível preservar.

Durante muito tempo, o cerrado brasileiro foi desprezado como se não passasse de um imenso terreno baldio salpicado de árvores retorcidas, no centro do país, o cerrado não despertava interesse como área de potencial, em que se pudesse investir e ganhar alguma coisa.Em apenas três décadas, o cenário mudou. Na década de 70, cientistas brasileiros criaram técnicas de correção do solo ácido e introduziram novas espécies de gramíneas para alimentar o gado.Muitas espécies de plantas encontradas no cerrado como o pequi, foram estudadas e descobriram funções medicinais e até servem como adoçantes, o que fez com que houvesse muita retirada ilegal de plantas, o que está acabando com a vegetação de la, e não só a flora, mas também a fauna está sendo destruída, muitos animais que viviam na região do cerrado, estam sendo mortos e caçados, para que suas peles fossem usadas como matéria prima de casacos, bolsas e sapatos.Além disso, muitos fazendeiros estão queimando muitas terras na região do cerrado, o que ajuda ainda mais na destruição do ambiente.

O importante para que os bichos e plantas sobrevivam não é frear o avanço econômico, mas manter virgens áreas representativas da diversidade vegetal e animal, com a criação de parques e reservas. Isso, no entanto, está longe de acontecer. Pela lei, os fazendeiros são obrigados a manter pelo menos 20% das propriedades como reserva e preservar a vegetação ao longo dos rios e cursos d’água. Ainda há tempo de salvar o coração do Brasil.